Em 1980, ensaios clínicos demonstraram que canabidiol possui atividade antiepilética em
pacientes de epilepsia refratária, sendo sonolência o único efeito colateral. O embargo imposto pela
proibição do uso medicinal da Cannabis, no entanto, prejudicou imensamente o desenvolvimento
científico e a exploração dessas propriedades. Multiplicam-se, contudo, os casos bem sucedidos de
uso ilegal e sem orientação para o tratamento de síndromes caracterizadas por epilepsia e autismo
regressivo. Os resultados corroboram evidências científicas que indicam a existência de processos
etiológicos comuns entre o autismo e a epilepsia. Estudos em modelos animais confirmam envolvimento
do sistema endocanabinoide. Esses avanços apontam o início de uma revolução no entendimento e
tratamento desses transtornos.