Os canabinóides demonstraram ter uma variedade de efeitos nos sistemas do corpo. Através dos receptores CB1 e CB2, entre outros, exercem um efeito modulando a liberação de neurotransmissores e citocinas. Pesquisas atuais sobre o papel dos canabinóides no sistema imunológico mostram que eles possuem propriedades imunossupressoras. Eles podem inibir a proliferação de leucócitos, induzir apoptose de células T e macrófagos e reduzir a secreção de citocinas pró-inflamatórias. Em modelos de camundongos, eles são eficazes na redução da inflamação na artrite, esclerose múltipla, têm um efeito positivo na dor neuropática e no diabetes mellitus tipo 1. Eles são eficazes como tratamento para fibromialgia e demonstraram ter efeito antifibrótico na esclerodermia. Estudos em modelos humanos são escassos e não conclusivos e mais pesquisas são necessárias neste campo. Os canabinóides podem, portanto, ser agentes imunossupressores e antifibróticos promissores na terapia de distúrbios autoimunes.