Em décadas de pesquisas, mais de 100 substâncias canabinoides foram identificadas na planta Cannabis sativa em diferentes níveis de concentração.
Essas substâncias, em especial o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD), têm sido objeto de inúmeros estudos que investigam seus potenciais medicinais.
Canabinoides
Primeiramente, precisamos entender a relação entre os canabinoides presentes no nosso organismo, chamados de endocanabinoides e os canabinoides presentes na planta, os fitocanabinoides.
Endocanabinoides
Os endocanabinoides são substâncias endógenas, ou seja, produzidas pelo nosso organismo de forma natural, e que agem através de uma rede de receptores celulares chamada de sistema endocanabinoide.
Este sistema desempenha um importante papel no equilíbrio do nosso organismo. Entre os principais endocanabinoides, estão a anandamida e o 2-glicerol-araquidônico (2-AG).
Fitocanabinoides
Já os fitocanabinoides são as substâncias encontradas em plantas, especialmente na Cannabis sativa, e que agem mimetizando a ação dos endocanabinoides, se ligando nos receptores do nosso sistema endocanabinoide.
Atualmente já foram identificadas mais de uma centena de fitocanabinoides presentes na Cannabis em diferentes concentrações.
Os fitocanabinoides presentes em maior abundância são o Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD).
Tetrahidrocanabinol (THC)
O Tetrahidrocanabinol, ou THC, é o canabinol mais conhecido, tanto pela comunidade científica, quanto pelo público em geral.
É a substância responsável pelos efeitos psicoativos associados ao uso recreativo da Cannabis.
No entanto, quando manipulado em doses controladas, o THC apresenta um notável potencial benéfico como analgésico, sedativo, antiemético, neuroprotetor, estimulador de apetite, relaxante muscular, entre outros efeitos descobertos nos diversos estudos realizados com o ativo.
Diante disso, o THC pode ser utilizado de forma promissora no tratamento de patologias como o glaucoma, esclerose múltipla, transtornos alimentares, dores crônicas e fibromialgia, conforme registrado em estudos clínicos.
Além disso, o THC também apresentou resultados promissores no tratamento do sintomas decorrentes do câncer, em que atua diminuindo as náuseas causadas pelas quimioterapia, aumentando o apetite, controlando as dores e melhorando o sono e o humor.
É importante ressaltar que o uso de medicamentos derivados do THC deve ser acompanhado por médico especialista, visto que doses excessivas podem causar efeitos adversos, devido ao seu potencial psicoativo.
Canabidiol (CBD)
Outro protagonista dos estudos relacionados aos fitocanabinoides, o Canabidiol, ou CBD, atua no sistema nervoso central e interage com a maioria das células do nosso corpo.
Graças a esse potencial, inúmeros estudos demonstram uma vasta gama de possibilidades terapêuticas e até cosméticas para o CBD.
Vale lembrar que, diferente do THC, o CBD não apresenta efeitos psicoativos. Suas principais propriedades são: anti-inflamatório, antiepiléptico, ansiolítico, antioxidante, antipsicótico e neuroprotetor.
O CBD apresenta benefícios consideráveis no tratamento de doenças como ansiedade, autismo, epilepsia, Parkinson, depressão, Alzheimer, doenças autoimunes, esquizofrenia, entre diversas outras patologias.
Outros fitocanabinoides
Além do THC e do CBD, outros fitocanabinoides têm demonstrado diferentes potenciais terapêuticos.
Delta-8-Tetrahidrocanabinol (Δ8-THC)
É um isômero do THC, ou seja, possui os mesmos tipos e quantidades de átomos, porém dispostos de maneira oposta. Essa diferença faz com que os efeitos adversos do THC sejam praticamente eliminados, como a euforia e alteração da percepção. Apesar do Δ8-THC ser menos psicoativo, ele apresenta as mesmas características benéficas do THC. Isso oferece uma alternativa mais segura aos pacientes que necessitam do THC.
Canabigerol (CBG)
Estudos mostram que o Canabigerol é promissor no tratamento de doenças inflamatórias intestinais, em que foi capaz de reduzir a inflamação e o edema do tecido e aumentar a permeabilidade, contribuindo para o aumento da absorção dos nutrientes da dieta, além de possuir ação antioxidante e antibacteriana.
Canabinol (CBN)
O Canabinol é a forma oxidada do THC, ou seja, é criado quando o THC é deteriorado. Por este motivo, geralmente está presente em grandes quantidades quando a planta está mais velha. Pesquisas mostram o potencial terapêutico do CBN como sedativo e anti-inflamatório.
Canabricomeno (CBC)
Vem ganhando destaque na literatura médica, o Canabricomeno apresenta efeitos terapêuticos similares ao THC e CBD, com algumas particularidades anti-inflamatórias e hipotensoras.
Tetrahidrocanabidivarina (THCV)
Um fitocanabinoide semelhante ao THC, porém com efeito psicoativo mais curto, tem um potencial inibidor de apetite e regulador dos níveis de glicose, com potencial no tratamento da obesidade e da diabetes.
Canabidivarina (CBDV)
É próximo ao CBD, ainda está nas fases iniciais de estudo, mas já apresenta indícios promissores na prevenção de convulsões como os ataques epiléticos.
Ácido Canabidiol (CBDA)
Forma prematura do Canabidiol, o CBDA é objeto de uma série de estudos que investigam seu possível efeito inibidor no crescimento de células cancerígenas.
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